Gostei muito deste infográfico produzido a partir da conferência internacional "Educación en tiempos híbridos: lo que sabemos que funciona”, organizada por #AprendoEnCasa, e que teve como convidados: Chris Dede, professor de tecnologias Educativas, Universidade de Harvard. Cristóbal Cobo, especialista em Educação e Tecnologias, do Banco Mundial, e Camila Campos, diretora de Canales, Fundación Enseña Chile.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu a desinformação que circula em meio à pandemia COVID-19 como uma “infodemia massiva” – um dos principais fatores de propagação da própria pandemia.
A desinformação sobre a COVID-19 é prolífica, ameaçando não apenas os indivíduos, mas também as sociedades como um todo. Isso leva os cidadãos a se exporem ao perigo quando ignoram o aconselhamento científico; amplia a falta de confiança nos políticos e nos governos; e desvia os esforços dos jornalistas, que trabalham de maneira reativa para refutar as inverdades em vez de realizarem reportagens de forma proativa a partir de novas informações. Isso deixa todos na defensiva.
As motivações para a desinformação são diversas, tal como ganhar dinheiro, obter vantagem política, minar a confiança, transferir a culpa, polarizar as pessoas e prejudicar as respostas à pandemia. Por outro lado, alguns fatores impulsionadores podem ser a ignorância, os egos individuais ou uma intenção equivocada de ajudar. A desinformação decorrente pode ser compartilhada por indivíduos, grupos organizados, alguns meios de comunicação e canais oficiais – de maneira premeditada ou não.
Muitas vezes, a desinfodemia oculta as inverdades em meio a informações verdadeiras e se disfarça em vários formatos familiares. Ela recorre a métodos conhecidos que vão desde utilizar memes enganosos e fontes falsas até fazer com que as pessoas cliquem em links ligados a atividades criminosas de phishing. O resultado é que a desinformação sobre a COVID-19 afeta todos os conteúdos de modo geral, incluindo aqueles sobre: a origem, a propagação e a incidência da doença; seus sintomas e tratamentos; as respostas dos governos e demais atores.
Este texto forma parte de um artigo de Posetti e Bontcheva (2021) no qual também aparecem alguns infográficos como resumo.
Referência
POSETTI, Julie; BONTCHEVA, Kalina. Infodemia: a desinformação e a alfabetização midiática no contexto da COVID-19. Panorama Setorial da Internet, n. 3, p. 1-10, Setembro 2021. https://nic.br/media/docs/publicacoes/6/20210923161353/panorama_setorial_ano-xiii_n_3_infodemia.pdf
Este infográfico animado foi o produto educacional desenvolvido por Mundim (2021) em seu mestrado profissional.
Confiram e divulguem:
MUNDIM, Maristela Freitas. Desenvolvimento de infográfico animado sobre a promoção de saúde bucal para escolares do Ensino Fundamental. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Informática em Saúde, Florianópolis, 2021. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227353
As pesquisadoras Waleska Diniz e Gilda Guimarães apresentaram os resultados de um trabalho sobre leitura de infográficos estatísticos em um recente evento dedicado a educação matemática, o XIV EGEM.
Infográfico Desperdício de comida na América Latina
Com este infográfico publicado pela revista Superinteressante as autoras fizeram as seguintes perguntas para as crianças de 3° e 5° ano de Ensino Fundamental que entrevistaram:
1. O que esse mapa está mostrando? (Leitura de texto e mapa)
2. Quanto alimento é desperdiçado no mundo por ano? Isso é muito? Poderia alimentar quantas pessoas? Isso é muita gente? (Leitura de texto e imagem; senso numérico)
3. Ao longo do processo de produção de alimentos qual a etapa que tem mais perda ou desperdício de alimentos? Em qual delas esse desperdício é menor? (Análise de gráfico de barras empilhadas)
4. Essa imagem mostra o que? 24% é metade, mais da metade ou menos da metade desse gráfico? (Análise de imagem e gráfico de barras empilhadas)
5. Em qual região do mundo o desperdício de alimentos é maior? Em qual é menor?
Em quais esse desperdício é semelhante? (Análise de gráfico de barras simples)
6. Podemos afirmar que os pobres desperdiçam menos alimentos do que os ricos?
Por que você acha que isso ocorre? (Análise de gráfico de setores – semicírculo).
Nas considerações finais as autoras defendem o Letramento Estatístico desde as séries iniciais. Com base nas entrevistas realizadas na pesquisa encontraram que
Tanto os estudantes do 3º quanto do 5º ano conseguiram ler e compreender as diferentes informações estatísticas apresentadas no infográfico estabelecendo relações entre os seus diferentes elementos: textos, imagens, mapa e gráficos na interpretação das informações.
Na minha opinião o infográfico foi bem selecionado, adequado. Também é importante considerar que as perguntas realizadas foram adequadas e realizadas muito provavelmente com atenção e cuidado.
Referência
DINIZ, Waleska Stefany Moura; GUIMARÂES, Gilda Lisbôa. Interpretação de infográficos estatísticos por estudantes do 3º e 5º ano do Ensino Fundamental. In: XIV EGEM. Encontro Gaúcho de Educação Matemática. Edic. Virtual 2021, UFPel. https://wp.ufpel.edu.br/egem2021/files/2021/07/021.pdf
Principalmente desde a área médica cresce a compreensão e uso de infográficos como alternativa para divulgar de forma rápida e ágil os principais resultados de pesquisas acadêmicas.
Infográficos, podcasts e comentários em blogs, entre outras possibilidades, formam agora o que é conhecido e avaliado como Altmetrics ou métricas alternativas para medir o sucesso de um trabalho.
O infográfico acima é um bom exemplo de como os resultados principais de um artigo, publicado primeiramente em uma revista acadêmica, foram apresentados também de uma forma mais visual.
Esse infográfico, elaborado por uma universidade chilena na qual trabalha um dos autores, divulga conselhos sobre um tema que cresceu em importância durante a pandemia: o design e uso de material instrucional baseado em vídeo.
Fonte: https://meuinfografico.com.br/
Meuinfografico.com é um guia instrucional de orientação para acesso aos recursos mais adequados entre as ferramentas online gratuitas para a produção de infográficos.
Funciona como uma matriz que elenca as funcionalidades para a criação de infográficos.
A pesquisa e os dados que basearam a construção desse framework estão na dissertação de mestrado “A condução da informação da linguagem científica ao infográfico”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) - campus de Bauru, por Marcus Aurelius Lopes Domiciano.
Referência
DOMICIANO, Marcus Aurelius Lopes. Framework para ferramentas online de produção de infográficos: implantação e validação por métodos de avaliação de Experiência do Usuário (UX). Tese de doutorado. PósGraduação em Mídia e Tecnologia (PPGMiT), Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Bauru, 2021. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/204914
Desde a Faculdade de Ciências Médicas da Universidad Nacional de La Plata (UNLP), na Argentina, chega este infográfico em espanhol sobre o importante assunto da desinformação em temas da saúde veiculada através das Redes Sociais.
Hoje trago para vocês um Guia Prático de AUTOCUIDADO na pandemia, produzido pelo Hospital Albert Einstein para orientar a população e ajudar na promoção do bem-estar frente ao isolamento social e às incertezas deste contexto.
Este guia prático muito bem elaborado e com estilo infográfico orientativo mostra os sete pilares do autocuidado.
O autocuidado nos convida a cultivar momentos de calma, relaxamento e bem estar, refletir sobre a saúde de forma integral: corpo, mente e espírito.
Clique na imagem para obter a cópia completa em pdf.
Uma equipe do Multilingual Families Lab, da Universidade de Alberta no Canadá, elaborou uma série de infográficos com recomendações de jogos e atividades que os pais podem fazer com seus filhos durante o tempo em casa devido à pandemia.
Interessante que os infográficos podem ser obtidos em três línguas diferentes: francês, inglês ou espanhol, como podemos ver nestes fragmentos de exemplo.
O professor de línguas pode utilizar nas aulas esse tipo de material real.
Referências
Demers, Catrine; Aguila, Kylene; Casault, Claire; Jamal, Farah; Meloni, Geneviève; Montakhab, Maryam; Salinas-Marchant; Carolina, MacLeod; Andrea A.N. Parent’s perspectives on their child’s communication during COVID-19: Survey results and infographics. Multilingual Families Lab, University of Alberta, 2021. https://doi.org/10.7939/r3-hhnv-4m90
Aguila, Kylene; Demers, Catrine; MacLeod, Andrea A.N. Stimulating Language and Reducing Children's Screen Time. Children's communication during COVID-19, 2020. https://doi.org/10.7939/r3-2f38-f855
Salinas-Marchant, Carolina; Meloni, Geneviève; MacLeod, Andrea A.N. Support for parents. Children's communication during COVID-19, 2020. https://doi.org/10.7939/r3-g66m-nk44
Montakhab, Maryam; Salinas-Marchant, Carolina; MacLeod, Andrea A.N. Helping children communicate their emotions. Children's communication during COVID-19, 2020. https://doi.org/10.7939/r3-gjg4-8z98
