17 dezembro, 2023

Resultados do Brasil no último teste PISA

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), tradução de Programme for International Student Assessment, é um estudo comparativo internacional realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

O Pisa oferece informações sobre o desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países, vinculando dados sobre seus backgrounds e suas atitudes em relação à aprendizagem, e também aos principais fatores que moldam sua aprendizagem, dentro e fora da escola.

Os resultados do Pisa permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de seus estudantes em comparação com os de outros países, aprenda com as políticas e práticas aplicadas em outros lugares e formule suas políticas e programas educacionais visando à melhora da qualidade e da equidade dos resultados de aprendizagem.

O Inep é o órgão responsável pelo planejamento e a operacionalização da avaliação no país.

O Pisa avalia três domínios – leitura, matemática e ciências – em todas as edições ou ciclos. A cada edição, é avaliado um domínio principal, o que significa que os estudantes respondem a um maior número de itens no teste dessa área do conhecimento e que os questionários se concentram na coleta de informações relacionadas à aprendizagem nesse domínio. A pesquisa também avalia domínios chamados inovadores, como Resolução de Problemas, Letramento Financeiro e Competência Global.

Devido às dificuldades enfrentadas em virtude da pandemia de COVID-19, os países-membros e associados da OCDE decidiram adiar a avaliação do Pisa 2021 para 2022 e do Pisa 2024 para 2025.

Este infográfico é um resumo com as médias de proficiência e posição mundial que obteve Brasil em cada um dos três domínios.

 





 Infográfico completo em pdf

 

Estas informações do PISA foram tomadas do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).

16 junho, 2023

Infográficos e visualização de dados para reconhecer a importância das vacinas

O ano de 2021 teve a maior queda de vacinação infantil no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). De acordo com as entidades, 25 milhões de crianças estavam com a imunização atrasada. A maioria vive em países de média e baixa renda como Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Filipinas. 

O Brasil estava entre os 10 países com o maior número de crianças que não receberam as vacinas essenciais. No país, três em cada dez crianças não receberam vacinas necessárias (EBC, 2022). 

Os professores de inglês na educação básica podem utilizar infográficos simples como este para introduzir o tema da importância da vacinação.

  

 

Dez países com baixa cobertura vacinal. Fonte: CDC

 
É importante que todas as crianças e jovens recebam as vacinas de rotina para ficar protegidas de doenças infecciosas que podem se propagar rapidamente. Também é necessário receber todas as doses da série de vacinação e que o maior número de pessoas sejam vacinadas para aumentar a proteção da população em geral.

 

Fonte: Página de recursos do CDC.

 

Vários mitos circulam sobre a vacinação infantil e as respostas para refutar eles podem ser encontradas em português, inglês ou espanhol no site da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS)

Como este blog focaliza no trabalho na escola com infográficos e o tema das vacinas suscita muitas dúvidas e receios, vou tomar como exemplo um excelente exemplo de visualização de dados que mostra como a vacinação ajuda de fato na redução das doenças.

Esta visualização de dados foi produzida por Tynan DeBold e Dov Friedman e foi publicada no The Wall Street Journal em fevereiro de 2015. Os gráficos mostram de forma clara, em uma série histórica ao longo de 70 anos, como várias doenças foram reduzidas após a vacinação da população norte-americana.

Cada bloco equivale a cem mil pessoas e a linha vertical preta indica quando foi iniciada a vacinação.

Sarampo

Rubéola

 
Poliomielite 


Fonte: DeBold, T.; Friedman, D. Battling Infectious Diseases in the 20th Century: The Impact of Vaccines. Feb. 11, 2015. http://graphics.wsj.com/infectious-diseases-and-vaccines

 

Na minha opinião, estes gráficos podem ser bastante convincentes. Não acham? 

Como professores de línguas também podemos contribuir com este importante assunto, trabalhando o tema com os alunos. Vamos?

05 abril, 2023

Logotipo do governo federal

 


A nova marca do Governo Federal é vibrante, colorida e diversa como o Brasil. As cores foram inspiradas na bandeira brasileira, unidas ao preto e vermelho para representar a diversidade. Na peça gráfica, "Brasil" está em destaque e as suas formas geométricas, linhas e interseções que compõem as letras remetem ao conceito da nova gestão: União e Reconstrução.

A tipografia é composta pelo uso estilizado de elementos da bandeira nacional, como o triângulo apontando para cima e o círculo azul central.

A marca foi divulgada na Portaria nº 8.136, de 10 de janeiro de 2023 e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Podemos trabalhar letramento multimodal com a marca Brasil? 

Dados recentes mostram que o trabalho na escola com gêneros multimodais é raro, principalmente em relação com sua produção (Coscarelli e Ribeiro, 2022), mas esse trabalho pode ser feito por etapas, do mais simples para o mais complexo e com exemplos diversos. Educar o olhar é importante. 

Por exemplo, os docentes podem dedicar alguns minutos de  uma aula para mostrar a marca Brasil para seus alunos e pedir para analisar e comentar o que poderia representar essa construção multimodal e como eles a interpretam. Também será útil chamar a atenção sobre a função por separado dos modos verbal e visual e como eles se complementam quando ficam juntos devido à complementaridade intersemiótica, assim como o papel do design no arranjo multimodal e como os modos semióticos são "orquestrados" no proceso de construção de significado.

A noção de complementaridade intersemiótica entre texto e imagem significa que os dois recursos realizam um trabalho semiótico conjunto para produzir a coerência do texto multimodal. É válido resaltar que essa complementaridade é sinérgica, isto é, não apenas uma coocorrência dos modos textual e visual em um mesmo texto multimodal, pois o efeito total é maior que a soma de cada parte (Royce, 1998, 2002).

A partir de uma atividade simples como essa de leitura e análise multimodal, outros momentos podem ser dedicados para uma análise de exemplos vindos de outros países e de campanhas diversas.


    

Sugestão de leituras adicionais
 
ABIO, G. Una introducción a la multimodalidad en la comunicación y el aprendizaje. Implicaciones para la enseñanza, 2018. 

RIBEIRO, A. E. Textos multimodais na sala de aula: exercícios. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 13, n. 3, p. 24–38, 2020.

ROYCE, T. Synergy on the page: Exploring intersemiotic complementarity in page-based multimodal text. JASFL Occasional Papers, v. 1, n, 1, p. 25-49, 1998.

ROYCE, T. Multimodality in the TESOL Classroom: Exploring Visual-Verbal Synergy. TESOL QUARTERLY, vol.36, núm. 2, pp. 191-205. 2002. 

SANTOS, Z. B. dos; PIMENTA, S. M. O. Da semiótica social à multimodalidade: a orquestração de significados. CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v.12, n.2, 2014, p. 295-324.