26 setembro, 2017

Infografia: Preocupação com as "fake news"

Infografía: A un 84% de los españes les preocupan las 'fake news' | Statista Fonte: Statista


Infográficos comparativos: As duas Coreias (em espanhol e inglês)

Infográficos produzidos pela BBC, em inglês ou espanhol, que comparam diversos aspectos da Coreia do Norte e Coreia do Sul. 


fonte: Corea del Norte vs. Corea del Sur: 9 gráficos para entender cómo se vive en el país más hermético del mundo. Para ver o infográfico completo clique em http://www.bbc.com/mundo/noticias-internacional-41393489


fonte: Nine charts which tell you all you need to know about North Korea. Para ver o infográfico completo clique em http://www.bbc.com/news/world-asia-41228181

01 setembro, 2017

A papel da visualidade e do design da informação em documentos recentes




Estes documentos recentes são de temas e áreas diversas, mas o que você encontra em comum entre eles em relação com a visualidade e o design da informação?

Curso de Escrita e Publicação de Artigos Científicos (CNEN, 2017) https://goo.gl/15FXf5

- Guia de implementação da BNCC (CONSED/ UNDIME, 2017). https://goo.gl/ETH24W

- Um manual de citações acadêmicas. Normas APA (UNIVERSIDAD EXTERNADO DE COLOMBIA, 2017).  https://goo.gl/jS8FFX

- Guía Metodológica. Inicativa Ciudades Emergentes y Sostenibles, BID. 2016. https://goo.gl/kjSxYt

- Sumário executivo Climate Vulnerability Monitor (DARA, 2011). https://goo.gl/jkc6e1

Alguns exemplos de visualizações de dados

Teixeira (2013, p. 251) entende a visualização de dados (infovis) como “aquela que possibilita que dados brutos sejam compreendidos por meio de uma organização espacial não aleatória e planejada para facilitar a compreensão de aspectos específicos que se pretende evidenciar ou ressaltar”, a qual é diferente da infografia, definida  por  Teixeira (2010) como uma modalidade discursiva na qual há presença indissociável de imagem e texto em uma construção narrativa que permite a compreensão de um fenômeno específico ou funcionamento de algo complexo. Nesta proposta, mapas, diagramas, gráficos, fotos, ícones, não constituem categorias isoladas, mas elementos que podem ser usados em qualquer um dos dois grupos (RINALDI,  TEIXEIRA, 2015, p. 111).

Estas autoras consideram que quando a infografia é “jornalística e independente” há uma reportagem infográfica, e da mesma forma, quando a visualização é “jornalística e independente”, se está em presença de uma reportagem visual de dados (RINALDI,  TEIXEIRA, 2015, p. 111).

A modalidade de reportagem visual de dados tem como pré-requisito a compilação de grande quantidade de dados numéricos, organizados de forma a contar uma história. A apuração desse tipo de reportagem é frequentemente feita a partir de informações disponíveis em uma ou mais base de dados e pode ser complementada com entrevistas. 

As reportagens visuais de dados dão um significado tangível a partir do abstrato, explicando às pessoas como uma grande quantidade de dados afeta suas vidas, interpretando dados a partir da observação de padrões e da revelação de relações entre esses dados (RINALDI,  TEIXEIRA, 2015, p. 112).

A reportagem visual de dados é diferente da visualização interativa. Este seria o caso de uma produção publicada na web feita em cima de uma grande quantidade de informações numéricas, que traz a possibilidade de interatividade, hiperlinks ou multimedialidade, mas na qual não existe uma narrativa. 

A diferença das visualizações de dados interativas, também podem ser encontradas visualizações de dados estáticas, cópias do impresso, que seriam exemplos de infovis da primeira geração do jornalismo online (RINALDI,  TEIXEIRA, 2015, p. 111).

Um exemplo de uma visualização de dados interativa que não é necessariamente do jornalismo é o sitio web Tabua de marés  em que o visitante pode consultar um grande número de dados de uma localidade escolhida. Esses dados são apresentados por meio de uma interface prática e visualmente agradável que tenta facilitar a compreensão das diversas informações apresentadas na tela.

Exemplo de uma visualização de dados interativas no website Tábua de marés. Disponível em <http://www.tabuademares.com>. Acesso em 01 set. 2017.

Os resultados da pesquisa sobre o dengue no estadio de Rio de Janeiro realizada pela Fundação Getúlio Vargas e publicados no sitio web especializado Infogr.am pode ser considerado também outro bom exemplo de uma visualização de dados interativa, neste caso para a área da saúde e da administração pública, mas que também são abertos à consulta de qualquer pessoa interessada (DAPP-FGV, 2016).  

  Visualização de dados interativa em pesquisa sobre o dengue (DAPP-FGV, 2016).  Disponível em: <https://infogr.am/_/3HTaPwlEr0txYWUhgWYh>. Acesso em 01 set. 2017.


No caso do website The Internet in Real Time (https://www.webpagefx.com/internet-real-time/), os dados aumentam segundo o tempo em que o visitante fica na página e de acordo com as estatísticas de acesso a cada plataforma. 


"Em Alagoas, 2 em cada 3 famílias dizem ‘não’ à doação de órgãos" (THAYNAN, 2017) e "Fim da linha: assaltos a ônibus afetam saúde mental de rodoviários em Maceió" (AGÊNCIA TATU, 2017), podem ser considerados, exemplos de artigos jornalísticos fortemente apoiados em dados, mas sem chegar a ser independentes da notícia, talvez porque a notícia foi criada a partir dos resultados da mineração de dados e não o contrário. Dessa forma, provavelmente não sejam considerados como uma reportagem visual de dados no sentido stricto sensu que propõe Rinaldi e Teixeira (2015). As duas matérias foram produzidas pela agência Tatu, de recente aparição, especializada em jornalismo de dados de Alagoas.

 Fragmento de matéria jornalística fortemente apoiada em dados "Em Alagoas, 2 em cada 3 famílias dizem ‘não’ à doação de órgãos" (THAYNAN, 2017).


Referências
AGÊNCIA TATU.  Fim da linha: assaltos a ônibus afetam saúde mental de rodoviários em Maceió. Agência Tatu, 08/04/2017.
http://agenciatatu.com.br/noticia/fim-da-linha-assaltos-a-onibus-afetam-saude-mental-de-rodoviarios-em-maceio/

RINALDI, Mayara; TEIXEIRA, Tattiana. Visualização da Informação e Jornalismo: proposta de conceitos e categorias. Revista Estudos de Jornalismo, n. 3, p. 106-121, fev. 2015. http://www.revistaej.sopcom.pt/ficheiros/20150209-revista_3.pdf Acesso em: 19 abr. 2016.

TEIXEIRA, Tattiana. Infografia e jornalismo: conceitos, análises e perspectivas. Salvador: EDUFBA, 2010.

TEIXEIRA,  Tattiana. A presença da infografia no jornalismo brasileiro. Proposta de tipologia e classificação como gênero jornalístico a partir de um estudo de caso. Revista Fronteira. Estudos midiáticos, v. 9, n. 2, p. 111-120, 2007. http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/fronteiras/article/viewArticle/5749. Acesso em: 19 abr. 2016.

THAYNAN,  Lucas. Em Alagoas, 2 em cada 3 famílias dizem ‘não’ à doação de órgãos. Agência Tatu, 26/04/2017. http://agenciatatu.com.br/noticia/em-alagoas-2-em-cada-3-familias-dizem-nao-a-doacao-de-orgaos/. Acesso em 01 set. 2017.